quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Introdução à Educação a Distância

A prática de reunir pessoas ao redor de um mestre, remonta às civilizações mais antigas e vem se modificando ao passar do tempo e novas formas de se ensinar e aprender se incorpora ao cotidiano das escolas seja qual for o nível de formação. O primeiro processo da Educação a Distância (EAD) teve início na década de 1880 utilizando-se dos serviços postais. Já no século XX, surgiu a tecnologia do rádio, a televisão e atualmente os computadores e smartphones, que despertou em vários educadores a expectativa de abranger mais pessoas no processo de aprendizagem.No período da modernidade pedagógica (da metade do século XIX até o fim do século XX) o ensino se baseou em regularidades que vem sendo contestadas atualmente.
Atualmente, as atividades docentes não se limitam apenas a estes itens, ela exige que se empreguem novas metodologias de trabalhos para que o aluno sinta o curso que frequenta como uma extensão de suas atividades cotidianas, atividades estas que envolvem o uso de tecnologias, aprendizado autônomo e muitas vezes da EAD. O ensino encontra-se em plena evolução conforme texto a seguir.A EAD no Brasil teve seu início por meio dos cursos realizados por entidades como o Instituto Universal Brasileiro via correspondência, do SEBRAE e do Telecurso 2000 da Rede Globo. Porém, esses cursos eram unidirecionais e apresentavam difícil interatividade entre professores e alunos. Recentemente, o computador e a Internet apresentaram uma maneira de melhorar esta interatividade dando um maior impulso a esta modalidade de ensino.  
A EAD pode ser vista como qualquer modalidade de ensino que envolve meios de comunicação para estabelecer ensino-aprendizagem entre pessoas e sistemas geograficamente distribuídos. Envolve professores e alunos em uma estrutura tradicional da educação ou mesmo pessoas e grupos que apresentam objetivos de disseminar e adquirir informação.
      Um ambiente ideal para a aprendizagem apresenta interatividade com outros aprendizes com característica de colaboração entre pares na elaboração dos trabalhos acadêmicos (SIQUEIRA, 2008). Conforme reportagem da revista Veja sobre tecnologia e educação, os estudantes que cultivam o hábito de navegar na Internet são justamente aqueles que, ao longo do tempo, obtêm as médias mais altas (LIMA, 2010). A EAD adiciona valor ao aprendizado convencional quando faz uso de tecnologias e novas mídias de apresentação de informações para o aluno criando interatividade entre os participantes e oferecendo maior qualidade nas informações (texto, imagem, som, vídeo).
    A preocupação em manter um ambiente de aprendizagem apoiado pelas novas tecnologias de EAD baseadas em sistemas de informação deve-se à própria convergência de atividades desenvolvidas por um profissional moderno.
Em razão da convergência da evolução histórica e da transformação tecnológica, entramos em um modelo genuinamente cultural de interação e organização social. Por isso é que a informação representa o principal ingrediente de nossa organização social, e os fluxos de mensagens e imagens entre as redes constituem o encadeamento básico de nossa estrutura social (CASTELLS, 1999, p.573).
   Vale ressaltar que legalmente a definição de EAD centra-se na questão da auto-aprendizagem e no uso de meios de comunicação. No entanto, a EAD pode ser definida como aprendizagem que ocorre sem a presença física do professor e do aluno num mesmo espaço e tempo. Segundo Maia e Mattar (2007, p. 6) a EAD deve ser vista como uma modalidade de educação em que professores e alunos estão separados e que utiliza tecnologias de comunicação. Trata-se de uma forma de utilizar a tecnologia para promover o ensino e que ocorre quando educadores e educandos se encontram separados tanto física quanto temporalmente. A separação entre professor e aluno constitui uma relação mediada, onde o processo de ensino-aprendizagem ocorre por intermédio de outros recursos, e não a exposição oral do docente. Dessa forma, cresce a importância discente no processo da auto-aprendizagem, do auto-desenvolvimento e da aquisição da autonomia. 
       A EAD não é uma modalidade de ensino que pretenda superar as práticas presenciais, mas completá-las, dando-lhes novos sentidos. Ela busca complementar o aprendizado através do apoio pedagógico oferecido por orientadores ou tutores. Segundo Niskier (1999, p. 50):
[...] o emprego da EAD é muito mais do que o uso puro e simples da tecnologia numa sala de aula. A visão que se tem é muito mais ampla, a ela associando-se a interatividade, numa correspondência biunívoca de ensino e resposta, em que o lucro é a apreensão de conhecimentos.
Entende-se com isto que existe uma necessidade de criar novos meios e novas técnicas diferenciados para adaptar a IES às necessidades da sociedade da informação, alcançar a realidade do aluno e melhorar a qualidade da educação.
Referências Bibliográficas
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
LIMA, R. A. Quando a aula chega à rede, Revista Veja, São Paulo, edição 2182, ano 43, nº 37, p. 124-126, 2010.
MAIA, C.; MATTAR, João. ABC da EAD: a educação a distância hoje. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
NISKIER, A. Educação a distância: a tecnologia da esperança: políticas e estratégias para a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2000.
SIQUEIRA, E. Tecnologias que mudam nossa vida. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

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